Sunday, April 28, 2024

CRÍTICA: A Filha do Rei do Pântano, de Neil Burger

Baseado no livro de Karen Dionne, o guião Mark L. Smith e da filha Elle é um thriller atmosférico e sonolento que demora a abrir as asas e depois não consegue fazer mais do que planar. É difícil dizer se se dá o tempo por mal empregue, ficando o filme naquele limbo entre a coisa e coisa alguma, mas há, indesmentivelmente, espaço para muitas oportunidades de questionar o que teria feito com a história a dupla Morten Tyldum e Alicia Vikander, realizador e actriz principal inicialmente associados ao projecto.

Daisy Ridley não tem a desenvoltura natural de Alicia Vikander, mas o seu esforço não passa despercebido e a sua representação passa perfeitamente o crivo da funcionalidade, até melhor, pode dizer-se, do que a de Ben Mendelsohn, que telegrafa a sua prestação, dando a nítida sensação de que não considera o personagem merecedor de qualquer intensidade, quando claramente o papel exigia um reajustamento de atitude. Talvez o acumular de papeis de mau o tenham anestesiado para a urgência de distingui-los uns dos outros.

Neil Burger tem um curto currículo como realizador, mas os seus trabalhos incluem O Ilusionista (2006) com Edward Norton e Paul Giamatti, Sem Limites (2011) com Bradley Cooper e Robert DeNiro, o primeiro filme da trilogia Divergente (2014) com Shailene Woodley e Kate Winslet e o remake do francês Amigos Inseparáveis (The Upside, 2017), com Kevin Hart e Bryan Cranston. A Filha do Rei do Pântano é o seu filme mais discreto da sua carreira.

The Marsh’s King Daughter 2023

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