Sunday, June 8, 2025

CRÍTICA: A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg

Segundo filme escrito e realizado pelo também actor Jesse Eisenberg (o primeiro foi When You Finish Saving The World, 2022), revela o reencontro entre dois primos norte-americanos que ingressam numa excursão à Polónia onde a sua avó judia viveu antes e durante o holocausto. É simultaneamente uma homenagem à avó sobrevivente de um campo de concentração e um expurgar das razões típicas do afastamento entre ambos, resultado de uma diferente integração social por parte de ambos, a marcar as caixas típicas dos diferentes patamares emocionais e profissionais que definem o mais básico entendimento de maturidade.

A Verdadeira Dor é um filme agridoce construído à imagem estereotipada de Eisenberg, em mais um papel de introvertido e reprimido, aqui pai de família com um bom emprego, mas com uma relação de inveja e raiva pelo potencial desperdiçado do primo, retratado como extrovertido e encantador, mas imaturo e emocionalmente instável, interpretado por Kieran Culkin, que levou para casa o Óscar de Melhor Actor Secundário, sendo a crítica unânime de que se limitou a fazer de si próprio, o que prova que ainda não é de mau tom simular pertencer a uma religião que não se professa. Eisenberg, por seu turno, teve uma nomeação ao Óscar de Melhor Argumento Original, ainda que toda a narrativa seja do mais simples que podia haver e não haja resolução das situações apontadas como dignas de mudança comportamental. A banalidade basta. E meia dúzia de cenários bem escolhidos para quem nunca viu a Polónia. E Jennifer Grey, que devia ter dado dois passinhos de dança, só porque sim.

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